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19/06/2013

TARIFAS DE ÔNIBUS CAEM EM 11 CIDADES DO PAÍS

Retirado do site do jornal O Globo.

Em SP, Haddad muda o tom e já admite rever aumento; no Rio, Paes quer ouvir manifestantes
18/06/13 - 23h04

Manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo ELIARIA ANDRADE / Agência O Globo

BRASÍLIA e SÃO PAULO — Um dia depois da maior mobilização contra o aumento das passagens de ônibus, que levou cerca de 240 mil pessoas às ruas de várias cidades, prefeitos de 11 cidades, sendo nove capitais, anunciaram que vão reduzir as tarifas, cancelar reajustes ou diminuir o percentual de aumento das passagens. Segundo a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Cuiabá e Recife anunciaram ontem redução de R$ 0,10 nas passagens.

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  • As prefeituras de João Pessoa, Porto Alegre e Goiânia cancelaram o reajuste. Curitiba, Manaus, Natal e Vitória reduziram o percentual de aumento das passagens. Além desses municípios, Blumenau (SC), por liminar, e Caxias do Sul (RS) decidiram rever os preços.

    Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) mudou o tom e admitiu que pode derrubar o aumento da tarifa, que este mês passou de R$ 3 para R$ 3,20. Haddad prometeu ainda um novo encontro com os representantes dos manifestantes, como o Movimento Passe Livre (MPL), a Associação Nacional de Estudantes Livres (Anel), o grupo Juntos e a central sindical Conlutas, ligada ao PSTU.

    — Se as pessoas me ajudarem a tomar uma decisão nessa direção (a revogação do aumento), eu vou me subordinar à vontade das pessoas, porque eu sou prefeito da cidade, para fazer o que a cidade quer que eu faça — disse Haddad, que, em entrevista coletiva, afirmou: — Tem um povo na rua pedindo providências e ninguém pode descansar agora antes de encontrá-las.
    Haddad disse ainda que é possível rever as planilhas de custos e não descartou nenhuma medida de financiamento do transporte público, como a revisão do lucro das empresas concessionárias.
    — Sou favorável a abrir as planilhas e ver se tem gordura no lucro dos empresários. Estamos dispostos a explorar as alternativas — disse o prefeito.

    No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) convocou integrantes do Fórum de Luta Contra o Aumento das Passagens para uma reunião, ainda sem data definida, e deixou em aberto a possibilidade de rever o valor da tarifa e congelá-la em R$ 2,75. Governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) disse ontem, ao ser perguntado sobre a possibilidade de reduzir a tarifa de ônibus, que “a nossa tarifa modal, intermunicipal, é uma das menores do Brasil”.

    No final da tarde, quase ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff terminava seu encontro com o ex-presidente Lula, em São Paulo, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou um estudo que mostra o impacto das medidas de desoneração do governo federal nas tarifas do transporte urbano. Segundo Gleisi, a combinação da desoneração da folha de pagamentos com a redução do PIS/Cofins (tributos federais) do setor representa 7,23% no preço das passagens de ônibus urbanos, ou seja, em média R$ 0,20.

    Num primeiro momento, a ministra disse que os municípios poderiam reduzir as tarifas com as desonerações federais. Depois, voltou a dar entrevista para deixar claro que o estudo mostra o impacto das medidas federais, mas que o governo não conhece a composição dos custos de cada município.



    No Rio, impacto seria de 21 centavos
    No Rio, o impacto da desoneração nas passagens é de R$ 0,21, conforme a tabela apresentada pela ministra. Em São Paulo, segundo o estudo, a desoneração de tributos federais é de R$ 0,23. As capitais tiveram aumento de tarifas após as medidas aprovadas pelo governo federal.

    — Nós não podemos afirmar que o valor que estamos desonerando vai necessariamente ser o valor de redução da tarifa. As prefeituras podem utilizar esse valor para fazer uma recomposição da sua tarifa e que essa tarifa tenha menos impacto no bolso das pessoas — disse a ministra.
    No Distrito Federal (DF), o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, disse que o sistema público de transporte ficará sem reajuste na tarifa. Em Brasília, as tarifas variam de R$ 2 a R$ 3. O menor valor é aplicado nos coletivos que circulam dentro do Plano Piloto, área central de Brasília, e dentro das cidades-satélites. Já o valor maior é da linha metropolitana que faz a ligação entre as satélites e o Plano Piloto.

    — Esse é um compromisso de campanha do governador Agnelo (Queiroz): realizar a licitação do sistema público de ônibus, e não reajustar a tarifa — disse o secretário.

    Na capital de Mato Grosso, onde está marcada para hoje uma passeata, o prefeito Mauro Mendes (PSB) assinou decreto reduzindo a tarifa do transporte público de R$ 2,95 para R$ 2,85, queda de 5,12%, e negou que tenha reduzido a tarifa para esvaziar as manifestações. O novo preço entra em vigor hoje. A partir do dia 1º de julho, a passagem vai cair também em João Pessoa.

    Os ônibus que circulam pela Região Metropolitana de Recife também ficarão mais baratos. A tarifa foi reduzida de R$ 2,25 para R$ 2,15. Em Porto Alegre, o valor será reduzido, no mínimo, de R$ 2,85 para R$ 2,80. Alguns prefeitos afirmaram que a medida não tem a ver com as manifestações.


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